segunda-feira, 11 de julho de 2011
Manoel Severino de Souza é homenageado com nome da Unidade de Saúde do Bairro Cidade Alta
Na sessão de hoje foi aprovado por unanimidade o Projeto de Lei nº 29/2011, de autoria do Vereador Anisio Premoli, que denomina "Manoel Severino de Souza", a nova unidade de saúde do Bairro Cidade Alta.
"O projeto é uma homenagem não somente ao seu Mané Severino, como era conhecido, mas à toda família Souza, que foi muito representativa na Cidade Alta e ainda hoje mantém suas raízes no bairro. O seu Manoel partiu recentemente e deixou uma família excelente e de pessoas amigas que enobrecem o bairro.", falou o Vereador
Biografia de Manoel Severino de Souza
Nasceu em 11 de março de 1918 na cidade de Mirim-SC.
Filho de Severino José de Souza e Maria Benta de Jesus, proveniente de uma família humilde cresceu trabalhando na roça e em serraria montando engenho de mandioca. Estudou até o 4° ano primário, veio com sua família para Araranguá quando tinha 4 anos.
Com essa forma de trabalho, sua família adquiriu uma grande extensão de terras na cidade de Araranguá compreendendo-se grande parte do antigo campo de aviação, margens da BR-101 até margens do rio Araranguá. Em 1945, grande parte da extensão de terras do aeroporto que pertencia a sua família, foi desapropriada pelo estado de guerra da qual o país se encontrava. Realizou vários loteamentos na cidade: Divinéia, Operária e Cidade Alta.
O Maneca era assim chamado por muitos da família e também por amigos. Um homem que viveu seus 93 anos com muitas conquistas e vitórias. Deixou 8 filhos, sendo que, seis são mulheres e dois homens, 23 netos e 25 bisnetos com uma grande história de vida: Um homem de bom coração, humilde, honesto, inteligente e preocupado com os detalhes, tais como: apagar as luzes, devolver o que pegou emprestado, pegar a caneta de forma correta, não desperdiçar etc. Era disciplinado e transmitia isso aos seus filhos. Dizia-se: professor e educador.
Professor e educador pelo fato de não se cansar de ensinar como se comportar, o que falar o que comer. Não se negava dar dinheiro para os estudos e fazia questão de assinar todos os boletins.
Em 1969 elegeu-se vereador com 296 votos, sendo que o município tinha 6664 eleitores, nessa época não recebia remuneração pelo cargo. Patriota, serviu o exército onde tinha muito orgulho de ter servido o país.
Manoel Severino de Souza tinha muitos amigos, amigos esses que tinham a liberdade de pedir dinheiro emprestado ou dado e também até uma égua para corrida (Essa égua morreu na corrida, mas, os amigos ficaram).
Por mais que fosse desapegado ao dinheiro construiu um patrimônio que permitiu viver até os dias atuais administrando seu próprio dinheiro e sustento. Tinha seu gênio forte, mas o coração sensível.
Criou os seus filhos com valores cristãos e mesmo quando se exaltava e falava de alguns sentimentos não compreendidos de Jesus, no final, sempre dizia: eu falei, mais sei que tenho que pedir perdão para Deus e faço todas as noites antes de dormir.
Deus permitiu que nos seus últimos dias fosse aceitando as limitações, desapegando-se, perdendo o medo da morte e percebendo cada vez mais a importância da família.
Na tarde de segunda feira, saiu com sua filha Rosangela e seu genro Luiz Carlos para visitar amigos no Morro do Pronto. Alegre, disposto e convidando-as para seu velório. E no dia da sua morte, pela manhã, após o café, avisou a empregada que hoje não iria almoçar com eles e sim comer os manjares do céu. Às 11 horas deitou-se para descansar e deixou esta vida com uma aparência serena e tranqüila.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário